O sono é cheio de mistérios e de constantes descobertas. 

A ciência vive fazendo experimentos em relação a ele e os resultados, a cada dia, são surpreendentes.

Pesquisas apontam os benefícios do sono para o corpo em geral e, em especial, para as atividades cerebrais. 

Tanto é que alguns estudos afirmam, inclusive, que um bom sono pode ajudar na consolidação da memória confirmando que os voluntários que dormiram antes de solucionar alguns problemas de matemática resolveram os cálculos de forma mais rápida e assertiva. 

Mas, a mais recente informação é que podemos aprender um idioma enquanto dormimos.

Será que é verdade?

Ficou interessado? Continue lendo nosso post e saiba como isso é possível!

Quantidade x qualidade do sono

Muitas gerações foram levadas a acreditar que dormir era o momento de deitar em um gostoso e confortável colchão, e que esse momento tinha apenas como função o descanso do corpo.

Por muito tempo também se convencionou que as pessoas, de forma geral, deveriam dormir em média oito horas por noite. 

Mas, hoje sabe-se que cada pessoa tem o seu relógio biológico e pode determinar a hora para ir dormir, bem como que as pessoas que têm preguiça de acordar pela manhã podem ser mais inteligentes. 

A verdade é que todo o nosso corpo trabalha enquanto dorme e hoje consegue-se, por meio da polissonografia, medir as atividades respiratórias, musculares e cerebrais.

Vale lembrar que elas são medidas pela qualidade do sono e não pela quantidade de horas dormidas.

Talvez você não saiba, mas um sono de qualidade passa entre quatro e cinco vezes por noite pelos seus estágios.

Existem informações que enquanto alcançamos o sono profundo, as atividades cerebrais ficam mais ativas nesse curto período.

É ainda nesse período que podemos aprender novas palavras, até mesmo, em outro idioma, pelo menos foi o que mostrou um estudo realizado na cidade de Berna, na Suíça.

Como foi realizado o estudo?

Essa pesquisa está publicada na Revista Científica Current Biology.

Os pesquisadores reuniram um grupo de voluntários para o experimento. 

O objetivo era confirmar, ou não, se é possível as pessoas formarem novas associações cerebrais no período do sono profundo. 

Os voluntários, quando chegavam a esse estágio ouviram duas palavras.

A primeira palavra era inventada, seguida de outra no idioma alemão. 

Eles pronunciaram para os voluntários a palavra “chave” que foi associada com o vocábulo “tofer” e “elefante” que foi vinculada à “guga”.

Ao acordar os voluntários tiveram que responder qual das palavras inventadas representava algo maior e qual simbolizava algo pequeno. 

Os cientistas chegaram a conclusão que o cérebro é capaz de aprender enquanto dorme, já que os voluntários conseguiram associar corretamente. 

Outro experimento, também na Suíça pela Universidade de Zurique, reafirma a tese.

Os pesquisadores Thomas Schreiner e Björn Rasch usaram dois grupos de voluntários alemães. 

Um grupo de voluntários ouviu palavras em holandês durante o período do sono profundo.

O outro grupo ouviu as mesmas palavras enquanto as pessoas permaneciam acordadas.

O resposta foi que o grupo que ouviu as palavras enquanto dormia, apresentou um resultado mais positivo que o outro. 

Todos esses estudos e pesquisas nos mostram o quanto ainda não sabemos por completo as atividades desenvolvidas pelo cérebro durante o período do sono.

Por isso, é importante avaliar os resultados dos estudos, mas jamais deixar de estudar durante o estado de vigília.

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